domingo, 29 de maio de 2016

Jabuticaba



Jabuticaba


          Uma lembrança que tenho da infância é dos "tios" que vendiam jabuticaba em carrinhos de mão e a medida era a "lata". Naquele tempo, o óleo de soja era vendido em latas como as de ervilha, só que maiores. Essa lata era usada como medida pelos vendedores de jabuticaba.

          Sempre gostei de jabuticaba, de trincar a casca com o dente e sentir a polpa doce estourar na boca. Na época da jabuticaba, era aquela festa! Minha mãe comprava dos "tios" que passavam vendendo na rua em seus carrinhos de mão ou então ela ganhava de alguma vizinha. Eu comia tanto que me falavam que ia prender o intestino. A solução para isso era comer algumas cascas junto com a fruta.

          Apesar de ser fã dessa frutinha tão brasileira, eu nunca tinha visto uma jabuticabeira. Sequer tinha parado para pensar como seria essa árvore. Aos 29 anos, vi pela primeira vez na vida um pé de jabuticaba. Fiquei encantada, é a coisa mais linda! Jamais imaginei que fosse assim. As frutas ficam todas grudadas no tronco e nos galhos, como se fossem coladas na madeira.

          A jabuticabeira estava cheinha de frutas e eu as colhi diretamente do pé. Fui destacando as bolinhas e comendo ali mesmo. Aquelas jabuticabas foram as melhores que já comi na vida. O gosto da fruta colhida na hora, sem lavar, sem hipoclorito, sem frescura, tinha um sabor de vida. Demorei quase 30 anos para comer jabuticaba do pé, mas posso dizer: valeu a pena!

Profª Luciana

quarta-feira, 25 de maio de 2016

A Babá maluquinha



A Babá maluquinha


          Vou contar uma história para vocês sobre uma babá bem maluquinha e um bebê aprontadeiro.

          Numa sexta feira, Laura, a babá, foi trabalhar na casa do Sr. e da Sra. Diniz, que tem um filho chamado Lucas. O Sr. Diniz estava com tanta pressa que esqueceu o notebook na mesa do escritório.

          Lucas acordou, Laura foi até o quarto dele e o levou para a cozinha. Colocou-o na cadeirinha e deu a mamadeira com leite para ele. Lucas derrubou um garfo no chão e enquanto Laura abaixou-se para pegá-lo, o bebê derramou o leite no notebook. Laura, desesperada, ficou andando para lá e para cá, quando a porta se abriu. Laura pensou:

          - Meu Deus! O Sr. Diniz chegou mais cedo, e agora,? O que eu faço?

          Laura pegou Lucas e foi para o quarto, quando o Sr. Diniz gritou:

          - Laura, cheguei!

          - E agora? O que eu faço? Fujo? Não! Falo a verdade? Talvez! Aaaah!

          - Cadê o meu notebook?

          - E agora? - pensou Laura.

          - Laura, cadê o meu notebook?

          - Eu confesso...

          - Eu confesso o quê? - disse o Sr. Diniz.

          - O Lucas sem querer derrubou leite em cima do notebook. Desculpa, desculpa, desculpa mesmo.

          - Ah, o notebook é de brinquedo. Está tudo bem.

          - O quê? Ele é de brinquedo?

          Vou explicar o que aconteceu: o notebook do Sr. Diniz estava no escritório e o de brinquedo na cozinha. Nem tudo é o que parece.

Amanda Ramos, 6ºB

terça-feira, 24 de maio de 2016

Gentileza



Gentileza


          Num dia muito ensolarado, três amigas que se conheceram em um acampamento se reencontraram. Carolina, Clara e Jessica ficaram muito felizes ao se reverem.

          - Vamos andar de bicicleta? - perguntou Clara.

          - Sim. - responderam Jessica e Carolina.

          Elas estavam andando de bicicleta tranquilamente quando apareceu um cachorro que escapou da corrente e correu atrás delas. As meninas se assustaram com o latido do cachorro e tentaram pedalar mais rápido.

          Um homem que sempre ficava sentado no banco da praça, solitário e triste, viu e entrou no meio da confusão para tentar salvá-las. Ele conseguiu espantar o cachorro e as meninas voltaram para suas casas e contaram tudo para as suas mães, que ficaram muito felizes e resolveram procurar o homem que salvou as garotas.

          Elas levaram as mães até o local onde tudo tinha acontecido e ele estava lá, sentado no banco da praça, solitário e triste. As mães foram até onde ele estava e agradeceram sua gentileza. E também o convidaram para jantar com suas famílias. Ele ficou muito feliz.  Todos se tornaram amigos e ninguém mais viu esse homem triste. Agora ele estava sempre sorrindo.

Isabella Vasconcelos, 6ºC


segunda-feira, 23 de maio de 2016

Minha Rainha



Minha Rainha


          Certa vez, quando tinha 8 pra 9 anos, estava no meu quarto brincando de pega-pega com as minhas irmãs, quando corremos até a sala. Lá havia uma escada gigante com muitos degraus. Correndo muito e distraída, tropecei em alguns brinquedos e caí na escada.

          Rolei e rolei degraus abaixo. Eu olhei e percebi que estava sangrando, com o rosto e outras partes do corpo todo ralado. Minha mãe saiu em disparada para me socorrer, me deu remédio e fez curativos em mim.

          Minha mãe é e sempre será a minha salvadora, aquela que sempre está presente nas horas mais difíceis. Ela é aquela que quando me pegou no colo e me viu pela primeira vez, me amou. Eu te amo muito, mãe!

Marcela Moreira, 7ºC

quinta-feira, 12 de maio de 2016

A cachorrinha Tuca



A cachorrinha Tuca    
      
          Certa tarde, estava sozinha em casa, quando ouvi um barulho de um copo se quebrando na cozinha. Corri para lá e me deparei com uma cachorrinha de não mais de vinte centímetros, da raça jack russel, que me disse:

          - Meu nome é Tuca. Fui pegar água gelada, mas o copo escorregou da minha mão.

          Eu peguei um pote e dei um pouco de água gelada a ela. Eu sabia que os meus pais chegariam logo e iriam ver aquela bagunça e perguntar o que tinha acontecido. Se eu dissesse que uma cachorrinha tinha falado comigo eles iriam achar que eu estava mentindo.

          Então corri, tirei todo o vidro do chão e sequei a água. Ufa! Um tempo depois, meus pais chegaram, viram a Tuca e eu assistindo TV e falaram que não queriam cachorro dentro de casa. Então Tuca falou:

          - Por favor, senhores, deixem eu ficar, sou muito educada.

          Meus pais se assustaram. E eu pedi:

          - Por favor, pai, deixa ela ficar, ela é superlegal! Deixa, deixa!

          Meus pais acabaram deixando a Tuca ficar e nós vivemos felizes como uma linda família. 

Raissa Santos, 6º A

A Borboleta



A Borboleta

Naquelas asas coloridas
Elas carregam um segredo
Agora, o que elas escondem
Ninguém sabe direito.

A beleza da pequenina
Chama muito a atenção
Elas trazem alegria
E muita emoção.

É um inseto muito frágil
Que adora uma flor
Se algum dia encontrá-la
Certamente verá sua cor.

Por ser bela
é caçada e colecionada
Mas assim a coitada
Só fica mais apavorada.

Se deixar ela livre
Em seu natural lar
Pode ter certeza
Que ela irá te visitar.

Alana Kailani, 6º C

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Mãe Maravilha



Mãe Maravilha

          No dia das crianças, minha mãe falou que iria me levar para passear em um clube chamado SESC. Fiquei tão feliz! Mal sabia o que iria acontecer.

          Chegando ao clube, pensei que a piscina era rasa e pulei. Pluf! Quando vi já estava me afogando. Pensei que ia morrer, entrei em pânico! Comecei a me debater na água, fazendo de tudo para me salvar.

          Minha mãe, desesperada, voou para a piscina, pegou-me pelas pernas e me colocou no chão. Como meu tio é bombeiro, ele já tinha ensinado a minha mãe como salvar uma pessoa em caso de afogamento. Minha mãe, lembrando disso, me salvou.

          Graças a ela estou aqui hoje. Sou muito grata por tudo que ela faz por mim. Mãe, obrigada por tudo!

Giovanna Karoline, 6º C

Perdido no supermercado



Perdido no supermercado

          Teve um dia que eu fui ao supermercado com minha mãe. Enquanto ela escolhia as coisas, falou que era para eu ficar na fila do caixa.

          - Tá bom!

          Fiquei esperando, esperando, esperando, até que vejo um doce de abóbora. Fui atrás do doce e esqueci de ficar na fila. O doce ficava na última prateleira e eu me perdi. Comecei a gritar, gritar e gritar, passando vergonha, e minha mãe nada de aparecer.

          Eu perdi a mãe, perdi a fila, então resolvi procurá-la até que a vi. Ela veio correndo me encontrar, estava chorando preocupada comigo.

          Saímos correndo do supermercado porque passamos a maior vergonha. Depois disso, ela nunca mais me levou ao supermercado.

Guilherme Gomes, 6º B

terça-feira, 10 de maio de 2016

A Romã



A Romã

A romã é uma fruta
que nunca ouvi falar
para a fruta olhei
e já não gostei
e pra priorar
a minha prô falou
que ela é sem graça
isso me desanimou.

Dizem que ela traz dinheiro
aí já me interessei
e outros dizem que traz amor
eu parei e pensei:
 será que é verdade
ou história de pescador?

Allan Ferreira, 6º C

Borboleta leta leta



Borboleta leta leta

Borboleta leta leta
vem com suas cores
formando um arco-íris
diferentes cores e tamanhos.

Borboleta leta leta
cai no papel
como tinta e pincel
faz uma pintura
e vai embora pelo céu.

Raissa Santos, 6º A

domingo, 8 de maio de 2016

A Abelha



A Abelha

          Um bonito dia, lá pelas dez horas da manhã, eu e minha mãe estávamos em uma festa da empresa onde ela trabalhava. Na varanda estava cheio de abelhas, por todos os lados.

          Queria conversar com minha mãe e fui até onde ela estava. Não vi e sentei em cima de uma abelha que estava no sofá. Comecei a chorar desesperadamente e não conseguia andar porque a minha perna ficou roxa de imediato.

          Minha mãe correu e pegou um pedaço de papel tolha, embebeu o papel em uma cerveja que estava próxima. Ela arrancou o ferrão e passou a cerveja no local. Ficou tudo bem e nos divertimos bastante na festa.

Tamires Pires, 7ºB

No Hospital



No Hospital

          Um dia eu fiquei muito mal e minha mãe me levou ao posto de saúde perto de casa. Falaram que era suspeita de apendicite e minha mãe me levou a muitos hospitais, mas nenhum tinha médico.

          No Hospital São Marcos tinha chegado um médico boliviano. Minha mãe fez as papeladas e eu consegui fazer a cirurgia.

          Ela ficou comigo no hospital, me ajudou em tudo que eu precisei e com a sua ajuda consegui me recuperar rapidamente.

Rebeca Peres, 6ºB

Um abraço apertado

       

Um abraço apertado

          Um dia estava brincando com um amigo perto de um buraco e quando eu menos esperava, minha perna ficou presa. Meu amigo, o João, tentou me ajudar, mas deu tudo errado e comecei a ficar preocupado, pensando no que fazer.

          Fiquei várias horas ali, meu amigo pensou em chamar a polícia, a ambulância e os bombeiros, mas ficou com medo da bronca.

          - Caraca, será que vou ficar aqui até o futuro? - disse eu.

          - Não adianta, Nickolas. Vou ter que ir embora agora. Tchau, cara! - falou João.

          Fiquei triste porque não iria mais sair dali. Até que do nada minha mãe aparece e pergunta:

          - Nickolas, o que você faz aqui?

          Ela me ajudou e me tirou do buraco. Quando vi que estava livre novamente fiquei super feliz e a abracei tão forte!

Nickolas Souza, 6º C

Minha heroína



Minha heroína

          O dia estava ensolarado e eu, como de costume, estava jogando futebol no campinho de terra em frente a minha casa. Eu e meus amigos jogávamos sem camisas e sem chuteiras, apenas com shorts velhos e desbotados. O portão do campinho permanecia sempre trancado, com uma corrente grande e grossa, impossível de quebrar. Por esse motivo, nós abrimos um buraco na grade, por onde passávamos para entrar e jogar.

          Quando o jogo acabou, meus amigos foram indo embora e eu decidi voltar para casa também. Quando já estava na rua, vi um cachorro enorme, bem robusto e nervoso ao lado do portão da minha casa. Fiquei tremendo de medo, como se houvesse um monstro na minha frente.

          Assim que o cachorro me viu, começou a correr atrás de mim como eu fosse um banquete. Comecei a gritar e a minha mãe reconheceu a minha voz, veio correndo me socorrer com um cabo de vassoura. Ela correu atrás do cachorro com o cabo de vassoura erguido, deu uma paulada nele e o espantou. Meu desespero passou e mais uma vez fui salvo pela minha heroína!

Vinicius Said, 7ºB
       

Beijinho de merthiolate



Beijinho de merthiolate

          Quando eu tinha entre 7 e 8 anos, andava bastante de bicicleta e num certo dia, acabei caindo. A minha mãe não estava em casa.

          Assim que chegou, ela tomou logo uma providência, que foi passar merthiolate no machucado. Detalhe: ela falou que não ardia!

          Mas quando ela passou, ardeu muito! Minha mãe ficou com dó e disse:

          - Deixa eu dar um beijinho que sara!

          Mas ela esqueceu que tinha acabado de passar merthiolate. Ela ficou com a boca ardendo e  o gosto do merthiolate na boca, mas o machucado sarou. Obrigada, mãe, por ter me dado o beijinho de merthiolate!

Giovanna Lima, 6º A

quarta-feira, 4 de maio de 2016

A Salvadora


A Salvadora


          Eu devia ter uns 7 ou 8 anos e brincava com meu irmão no quintal de casa. Havia um portãozinho com grades na entrada e, de brincadeira, resolvi colocar uma das minhas pernas entre as barras de aço. Enfiei a perna até a altura das coxas e não conseguia mais tirá-la dali. Fiquei desesperada! Minha perna estava presa!

          Meu irmão tentou me soltar de todas as formas:  puxou meu corpo pela cintura, puxou a minha perna, até tentou forçar e abrir as grades com as mãos! Tudo em vão! Minha perna já estava doendo e eu, com vontade de chorar! Pensava nas graves consequências do meu ato, talvez precisassem chamar um serralheiro para cortar as grades do portão com um maçarico! Meu pai ficaria uma fera!

          Como último ato, vendo que não tinha outro jeito, meu irmão foi chamar a minha mãe. Ela simplesmente olhou e voltou para dentro de casa. Ficamos apreensivos. Ela retornou com um frasco de detergente e foi despejando o líquido na minha perna, que deslizou e se soltou facilmente das grades. Que alívio! Como era bom estar livre novamente! Nesse dia entendi o significado da palavra gratidão. Obrigada mãe, você me salvou!

Profª Luciana

terça-feira, 3 de maio de 2016

O Sapo falante


O Sapo falante


          Certa tarde, fazendo meus deveres de casa, me surpreendi com uma voz fina e metálica, que dizia:

          - Esconda-me, por favor. Não quero me transformar em príncipe. E muito menos me casar com uma princesa! Esconda-me!

          Era um pequeno sapo verde que, dizendo isso, saltou e foi cair bem ao lado do meu caderno.

          Joguei o caderno no chão e levantei da cadeira, olhando espantada para o sapo a minha frente.

          - Não tenha medo - disse o sapo - Não  quero assustá-la. Apenas esconda-me daquela garota maluca que quer que eu vire príncipe.

          Não respondo nada, apenas continuo a olhar aquela criatura verde falante. O sapo veio pulando e sentou-se perto do meu pé, que nojo! Saí de perto e olhei para o sapo, ainda com medo do que ele poderia fazer, então falei:

          - Que... Quem é você? Desde quando sapos falam? Que história é essa de príncipe? Será que eu estou sonhando? Ai, meu Deus, alguém me acorda, o que eu... - O sapo me interrompeu:

          - Calma, calma! Vamos por partes. Eu sou Jack Prince. Sapos não falam, eu pedi a uma feiticeira para me transformar num sapo. E não, isso não é um sonho.

          Ele pediu para virar um sapo? Como assim? Perguntei o porquê e ele falou:

          - Bem, eu ficava preso no meu reino, porque minha mãe, a Rainha Leila Prince, não me deixava sair de casa de jeito nenhum e eu queria ser livre. Então eu fui até uma feiticeira e pedi a ela que me transformasse em sapo. E assim me tornei livre.

          Tá, quer dizer então que ele não quer voltar a ser príncipe e nem se casar com uma princesa.

          - Sua história é bem estranha, você não podia virar um bicho mais bonitinho, não? - Ele apenas deu risada - E porque é que você, com tantas casas por aí, foi parar justamente na minha?

          - Bem... Tive um bom pressentimento sobre essa casa.

          Passei a tarde conversando com o Jack e descobri várias coisas sobre ele, nos tornamos grandes amigos. Todos os dias nós nos víamos, até que me apaixonei por ele. Fui a feiticeira e pedi a ela que me transformasse em sapo também. E assim, como em todos os contos de fadas, vivemos felizes para sempre.

Isabela Monteiro, 6ºB