Incentivos
Quando eu tinha apenas três anos, meu pai me ensinou a ler, e a partir daí eu lia tudo o que via (e até o que não devia). Lia a marca das roupas que ganhava, tudo o que estava escrito na caixa de sapatos, a marca das cobertas, de todos os materiais; até que ganhei alguns livros e os li várias vezes seguidas. Então nasceu a minha irmã, que com menos de um ano já ouvia as minhas histórias.
Todas as noites minha mãe lia para eu dormir, até que comecei a ler e não parei mais. Um dia ouvi meu pai lendo uma história que falava de uma menina que roubava livros e isso me incentivou a escrever. Com nove anos fiz meu primeiro "livro", que não deu muito certo.
Na minha escola, no 5º ano, houve um concurso em que os alunos deviam escrever cartas, histórias em quadrinhos, poemas ou redações. Eu escolhi carta e ganhei. Comecei a mandar cartas pra mim mesma, até que minha avó ficou internada no hospital e assim tive alguém para ler e responder as minhas cartas.
Quando escrevo poemas, textos, histórias, leio para os meus pais e peço para não contarem a ninguém. E é assim que um dia depois todos da família e do serviço deles já estão sabendo.
Hoje minha irmã quer ser como eu e por isso já tem seu diário para escrever e seus livros para ler, que ela lê para suas bonecas.
A escrita faz parte da minha história.
Alana Kailani, 6ºC
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