terça-feira, 20 de junho de 2017

A Praça Vermelha



A Praça Vermelha


          Péssimo momento para acabar a internet, justo quando Poliana assistia um vídeo, do show de talentos da escola dela. Poliana precisava ensaiar ou passaria vergonha. No meio do desespero, foi até a casa de sua amiga, que morava na cidade vizinha, para usar a internet. Mas para seu desespero, não havia sinal ali, então ela foi forçada a fazer o que ela mais odiava, usar o telefone. Ligou para todos os amigos e nenhum deles estava com internet.

          No dia seguinte, ela resolveu ir a prefeitura para falar com sua tia que trabalhava lá. Decidiu pela primeira vez na sua vida encostar na bicicleta que havia ganhado a cinco anos. No caminho, Poliana viu uma coisa que nunca tinha reparado antes, as folhas das árvores, vermelhas, caindo sobre a praça.O sol de outono brilhava como um sol da tarde, tão manso e tranquilo, as árvores molhadas refletiam nas suas fotas um arco-íris minúsculo, o cheiro de terra molhada era maravilhoso. Ela nunca havia reparado nisso, ficou tão fascinada com a praça-vermelha (nome dado por ela) que passou a fazer aquele passeio todos os dias.

          Passou a ir a escola de bike, só para observar a paisagem da praça e dos bosques que ela nunca tinha visto. Os vizinhos passaram a fazer o mesmo, já que agora estavam desconectados, novos comércios abriram mesmo depois da internet voltar. Agora a praça vive lotada e Poliana usou o dinheiro do prêmio do show de talentos que ela ganhou para abrir uma sorveteria em frente à praça e lucrou bem, admito.

          Agora não é mais praça-vermelha, é cidade-vermelha, por conta das folhas de outono que ficam vermelhas como as flores dos bosques. Esqueça a tecnologia e repare na beleza de sua cidade.

Alana Kailaini, 7ºA

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